Vírus, bactérias, fungos, protozoários e parasitas são agentes biológicos que podem causar danos à saúde do ser humano. Nos ambientes de trabalho, especialmente nos serviços de saúde, esses agentes podem transmitir doenças. Certamente, os profissionais de saúde humana e animal são os que mais estão expostos aos riscos biológicos. Mas há outras inúmeras atividades em que esses riscos estão presentes. Exemplos: fabricação e comércio de alimentos, indústria de carnes e pescados, frigoríficos, abatedouros, atividades envolvendo resíduos, saneamento e esgoto, agricultura e pecuária, necrotérios, silvicultura e pesca. Em laboratórios, onde há a manipulação com micro-organismos e material clínico, os agravos à saúde são uma realidade.
O controle dos riscos biológicos nos serviços de saúde deve verificar a ordenação da NR-9 (que trata dos riscos ambientais). Além do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e Programa de Controle Médico de Saúde (PCMSO), nesses serviços o grande diferencial está nas medidas de precaução. Outro diferencial diz respeito ao controle dos acidentes com materiais perfurocortantes que são uma fonte específica nos ambientes hospitalares. São medidas feitas na atividade de atendimento ao paciente, independentemente de ele ter uma doença diagnosticada. É preciso que o gerenciamento do risco ofereça um treinamento específico e diferenciado. O resíduo biológico contaminado deve ser acondicionado em embalagem apropriada, colocado dentro de caixas específicas com símbolo de Lixo Biológico para o processo de autoclavação na área externa do ambiente. A retirada deve ser por empresa credenciada para incineração. Procedimentos e cumprir a normatização são básicos, mas é importante também capacitar o trabalhador. Treinamentos específicos, informação e conscientização dos empregados sobre a necessidade de se proteger contra os riscos de contaminação. Outra medida indispensável é quanto ao uso correto de EPIs.